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Leitura do acórdão do processo “Jogo Duplo”marcada para sexta-feira

Leitura do acórdão do processo “Jogo Duplo”marcada para sexta-feira

O Tribunal Central de Lisboa profere na sexta-feira o acórdão do processo denominado de’Jogo Duplo’, com 27 arguidos e relacionado com viciação de resultados no futebol profissional português, quase dois anos após o início do julgamento.

A leitura do acórdão do julgamento, que se iniciou em 22 de fevereiro de 2018, está prevista para as 14:00, no Campus da Justiça, após dois adiamentos: inicialmente, esteve marcada para 18 de junho de 2019, depois passou para 25 de outubro e o coletivo de juízes, presidido por Luís Ribeiro, remarcou a sessão para sexta-feira, 31 de janeiro.

Na primeira sessão de alegações finais do julgamento, realizada em 29 de outubro de 2018, a procuradora do Ministério Público (MP) pediu a condenação de todos os arguidos, seis dos quais a penas efetivas de prisão.

O MP defendeu penas efetivas para Carlos Silva, conhecido como “Aranha”e elemento da claque

SuperDragões, para Gustavo Oliveira, empresário de futebol, para Rui Dolores, antigo futebolista, e para três ex-jogadores: Hugo Guedes (Moedas), João Tiago Rodrigues (João Carela ) — na época 2015/2016 na

Oliveirense – e Diego Tavares, à data, futebolista do Oriental de Lisboa.

Para o MP, ficou provado que Carlos Silva, Gustavo Oliveira e Rui Dolores formaram “a cúpula da organização criminosa” em Portugal e eram eles que mantinham os “contactos com os investidores malaios, que traziam o dinheiro para Portugal”, com vista à obtenção de lucros com “apostas fraudulentas e manipulação de resultados”, uma conduta “muito grave”.

Desde agosto de 2015, estes três arguidos, no topo da pir â mide da organização “desenvolveram essa atividade criminosa” e “uma conduta muito grave, duradoura e permanente” durante um espaço temporal, contando também com intervenção dos arguidos Hugo Guedes, João Tiago Rodrigues e Diego Tavares, que tinham uma função intermédia nesta alegada associação criminosa.

Em causa estão crimes de associação criminosa em competição desportiva, corrupção ativa e passiva em competição desportiva e apostas desportivas à cota de base territorial fraudulentas.

O MP pediu penas suspensas para os restantes 21 arguidos, incluindo Abel Silva, campeão mundial de sub-20 em 1989, em Riade, na Arábia Saudita, outros jogadores do Oriental, da

Oliveirense, do Penafiel e do Académico de Viseu, bem como dirigentes desportivos, a SAD do Leixões e outras pessoas com ligações ao negócio das apostas desportivas, mas na condição de pagarem as indemnizações que o tribunal vier a estipular.

A procuradora defendeu também que se apliquem as penas acessórias pedidas na acusação, considerando-as “essenciais” para que os arguidos não possam continuar a exercer as mesmas atividades.

A defesa dos arguidos Carlos Silva e Gustavo Oliveira pediu a absolvição dos 16 crimes de corrupção ativa e de associação criminosa pelos quais os seus constituintes estão acusados. O advogado Nelson Sousa considerou que “nem há, nem nunca houve qualquer associação criminosa”, considerando que “é a própria pronúncia que afasta esse crime”.

Os restantes advogados pugnaram, na última sessão de alegações, realizada em 10 de dezembro de 2018, também pela absolvição dos respetivos clientes.

Segundo o despacho de acusação do MP, entre agosto de 2015 e 14 de maio de 2016, os arguidos “constituíram um grupo dirigido à manipulação de resultados de jogos das I e II ligas de futebol (“match-fixing”) para efeito de apostas desportivas internacionais”, através de “um esquema de apostas fraudulentas de caráter transnacional”, envolvendo empresários asiáticos, nomeadamente, da Malásia.

“Para tanto, aliciaram jogadores de futebol em Portugal para que estes interferissem nos resultados das competições desportivas em prejuízo das equipas que representavam, da integridade das competições, defraudando sócios e investidores dos clubes, espetadores e patrocinadores”, sustenta a acusação.

O MP sublinha na acusação que os arguidos terão recebido quantias “não inferiores a cinco mil euros” e lucrado com apostas cujos resultados “sabiam de antemão”.

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Racismo Condenação de Ventura votada no Parlamento P.10

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PS e BE levam a plenário “racismo” de Ventura

Partidos apresentam votos de condenação a declarações sobre deputada do Livre. Ministra da Justiça condena “discurso xenófobo” do eleito pelo Chega

Hermana Cruz hennana.cruz@jn.pt

Parlamento Não há memória de uma situação assim. André Ventura pode vir a ser condenado formalmente pela Assembleia da República por racismo e xenofobia. Esse é o objetivo de dois votos, que vão ser apresentados por PS e BE, por o líder do Chega ter sugerido a deportação da deputada do Livre, Joacine Katar Moreira. Ventura não retira uma linha, apesar da condenação que mereceu inclusivamente da ministra da Justiça, Francisca Van Dunem.

O Bloco de Esquerda, que foi o primeiro partido a anunciar a entrega no Parlamento de um voto de condenação disse, ontem, esperar que saia da conferência de líderes uma “condenação inequívoca e unânime do que sucedeu”. Em causa o facto de Ventura ter sugerido a deportação de Joacine Katar Moreira (ler ficha).

“Estarão todas as bancadas presentes e esse é o momento em que podemos ter a posição unânime de dizer que nenhum deputado pode ter declarações de cariz racista ou xenófobo nem tentar minimizar direitos de cidadania de outra deputada”, vincou o líder parlamentar do BE, Pedro Filipe Soares.

Recorde-se que, na conferência de líderes de hoje, também estarão presentes os três deputados únicos, a convite do presidente da Assembleia da República, Ferro Rodrigues, que ontem se manteve incomunicável por motivos pessoais.

INADMISSÍVEL

“O PS condena veementemente as afirmações proferidas contra um deputado, que são xenófobas. O convite feito a qualquer cidadão para sair e voltar ao seu país de origem é inadmissível numa sociedade democrática e é inadmissível em Portugal”, concordou a líder parlamentar do PS, Ana Catarina Mendes, anunciando que o seu partido também vai entregar um voto de condenação. Os dois serão discutidos em plenário.

As declarações de Ventura mereceram também “uma nota de condenação” da ministra da Justiça, Frandsea Van Dunem, “para o discurso xenófobo que começou a invadir os espaços institucionais e que chegou ao Parlamento, com uma declaração que atingiu a deputada Joacine Katar Moreira”.

O PEV também acusou Ventura de xenofobia. Já o PAN opôs-se a um “discurso de ódio”. “Em política não vale tudo. Nenhuma cidadã ou cidadão deve ter de sofrer ou ser vítima deste tipo de ataques”, disse.

Para o CDS, foi quebrado o “respeito institucional”.

“Foi claramente um excesso parlamentar”, considerou Filipe Lobo d’Ávila.

Apesar da polémica, Ventura reafirmou: “A linguagem foi obviamente irónica. Não me referia a nenhuma deportação física, como é evidente. Mas mantenho exatamente aquilo que disse”.

PORMENORES

Proposta do Livre

O Livre entregou, ontem, no Parlamento uma proposta que visa devolver às ex-colónias o património presente em território nacional. Apesar do PAN defender o mesmo, foi sobre Joacine Katar Moreira que recaiu a reação do Chega.

Reação de Ventura

“Eu proponho que a própria deputada Joacine seja devolvida ao seu país de origem. Seria muito mais tranquilo para todos… inclusivamente para o seu partido! Mas sobretudo para Portugal!”, reagiu André Ventura.

Silêncios do PSD e PCP

As declarações do deputado do Chega sobre Joacine não mereceram qualquer comentário das bancadas do PCP e do PSD.

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Governo sem pressa para criar estatuto de denunciante

Governo sem pressa para criar estatuto de denunciante

Ministério da Justiça lembra que tem dois anos para fazer lei que pode beneficiar Rui Pinto. PAN antecipa-se

Inês Banha, Nuno Miguel Ropio e Tiago Rodrigues Alves

Legislação O Ministério da Justiça (MJ) não mostra qualquer intenção em acelerar a transposição da diretiva da União Europeia (UE) que irá proteger os denunciantes de crimes. Tal proteção legal poderia vir a ser uma ajuda para a defesa do hacker Rui Pinto, que revelou ser a fonte dos Luanda Leaks. O PAN não vai esperar pelo Governo e anunciou que vai avançar com uma iniciativa para criar essa legislação.

O prazo para a criação da lei, seguindo as regras delineadas por Bruxelas, termina a 17 de dezembro de 2021.

Sendo expectável que o hacker gaiense, de 30 anos, possa vir a ser julgado até lá por, entre outros crimes, uma alegada tentativa de extorsão ao fundo de investimento Doyen Sports.

Ao JN, o MJ respondeu que “o Governo está atento à situação e durante o ano de 2020 estará a trabalhar para preparar uma proposta legislativa nesse sentido”.

O Ministério liderado por Francisca Van Dunem admitiu não estar com pressas para criar tal moldura legal que a defesa de Rui Pinto até gostaria de ter como trunfo durante a fase de julgamento. “Informa-se que o Estado Português tem até dezembro de 2021 para fazer a transposição da referida diretiva”, apontou, laconicamente, a tutela.

Segundo o projeto de lei do PAN, que só será entregue após a votação do Orçamento do Estado, os denunciantes terão “um papel fundamental na salvaguarda do interesse público dos países, sobretudo no combate à corrupção”. O partido defende o alargamento do “conceito legal de denunciante às pessoas que não possuem qualquer tipo de relação de trabalho com a pessoa ou entidade em que são praticadas as irregularidades”.

Marcelo Rebelo de Sousa escusou-se, ontem, a comentar os Luanda Leaks, frisando que o estatuto do denunciante é uma matéria da “competência parlamentar”.

‘ Ontem, Ana Gomes garantiu que Rui Pinto tem mais informação para revelar além do caso que envolve Isabel dos Santos. A ex-eurodeputada revelou, no Fórum TSF, que o hacker lhe contou que fez “várias denúncias anónimas pelos canais da Procuradoria-Geral da República” que nunca motivaram uma investigação. Contactada pelo JN, esta entidade escusou-se a fazer qualquer atualização sobre os pedidos de cooperação internacional que garante já ter recebido no âmbito do Luanda Leaks.

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QUEIXA NA JUSTIÇA

MÉDICA AGREDIDA

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A administração do Centro Hospitalar do Baixo Vouga denunciou ao Ministério Público a agressão a uma médica, quando esta se encontrava de serviço rio Hospital de Águeda, anunciou ontem.

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