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Estado gasta mais 55 milhões com BPN em 2020

Estado gasta mais 55 milhões com BPN em 2020

Os anos passam, mas o "buraco" deixado em aberto pelo antigo Banco Português de Negócios (BPN) nas contas do Estado não para de aumentar.

O Orçamento do Estado para 2020 tem previsto gastar ma…

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Antunes Varela homenageado no Tribunal da Relação

Antunes Varela homenageado no Tribunal da Relação

O jurista, que foi ministro durante o Estado Novo, foi ontem homenageado no Tribunal da Relação de Coimbra, numa cerimónia que contou com a presença da ministra da Justiça, Francisca Van Dunem

Foi…

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MP e Doyen pedem julgamento de hacker e advogado

MP e Doyen pedem julgamento de hacker e advogado

Decisão da juíza Cláudia Pina será conhecida a 13 de janeiro. Arguido Aníbal Pinto defendeu ontem que está inocente e Rui Pinto não falou.

O debate instrutório do caso em que o criador do site Foot…

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Fraude no Reino Unido financiou jihadistas portugueses

Fraude no Reino Unido financiou jihadistas portugueses

Ministério Público acusou oito portugueses de crimes de recrutamento, apoio e financiamento a organização terrorista, o Daesh p18

Ministério Público acusa oito portugueses de três crimes: apo…

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Empresário fugia ao Fisco e lavava dinheiro no Boavista

Empresário fugia ao Fisco e lavava dinheiro no Boavista

Alexandre Panda Nuno Miguel Maia

Investigação O dono de uma empresa de organização de eventos desportivos está a ser investigado pela Polícia Judiciária (PJ) e Direção de Finanças do Porto p…

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Mandado de detenção de Rui Pinto em causa

Mandado de detenção de Rui Pinto em causa

Advogado de Rui Pinto diz que mandado europeu violou direitos

Em causa o facto de o arguido ter sido acusado por mais crimes do que os do processo da Doyen

"Hacker" sabe no dia 13 se vai a ju…

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Seis terroristas lusos com “paradeiro incerto”

ACUSAÇÃO

Seis terroristas lusos com “paradeiro incerto”

GRUPO Dos oito acusados, há ainda um suspeito em liberdade

CLÁUDIA MACHADO

O Ministério Público acusou oito portugueses, que se converteram ao Islão e depois se radicalizaram ao serviço do Daesh, de vários crimes de terrorismo. Mas, dos oito, só é certo o paradeiro de um – Rómulo Rodrigues da Costa, de 40 anos, que foi detido este ano pela PJ, em Lisboa. Está em prisão preventiva na cadeia de alta segurança de Monsanto.

Outro, Cassimo Turé, que foi encontrado e interrogado em

Portugal, está em liberdade e supostamente vive em Londres, no Reino Unido.

Contam-se assim seis terroristas portugueses “em paradeiro incerto”, apesar de ter sido deduzida acusação contra eles. Cinco estarão presumivelmente mortos, mas o Departamento Central de Investigação e Ação Penal avançou ainda assim com a acusação, por não existirem provas concretas de que, de facto, morreram na Síria. Desta forma, caso tenham fingido os óbitos para escapar às autoridades, poderão vir a ser detetados com maior facilidade, sobretudo se tentarem entrar novamente em território europeu. O outro português, Nero Saraiva, terá sido detido por forças curdas em território sírio, em março, mas não se sabe se está vivo.

A acusação abrange os seis cidadãos nacionais que integravam a célula de Leyton, que segundo a ‘Sábado’ se radicou em Londres. Os irmãos Rómulo, Celso e Edgar Costa integravam este núcleo, assim como outros portugueses, todos da zona de Massamá, em Sintra.

PORMENORES

Crimes em causa

O Ministério Público deduziu acusação contra os oito portugueses pela prática dos crimes de adesão e apoio a organização terrorista, recrutamento para organização terrorista e financiamento do terrorismo.

Envolvidos em rapto

O processo em causa foi instaurado em 2013, na sequência de informações das autoridades britânicas, que apontavam para o envolvimento dos portugueses no rapto de dois jornalistas na Síria, em julho de 2012.

Investigação de 6 anos

O Ministério Público delegou a competência para a investigação ao caso na Unidade Nacional de Contra Terrorismo da PJ.

Durante 6 anos, foi analisado todo o percurso dos suspeitos e a mudança destes para a Síria, com as mulheres e filhos.

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“Senti-me intimidado com tom de ameaça” de Bruno de Carvalho

“Senti-me intimidado com tom de ameaça” de Bruno de Carvalho

O fisioterapeuta Ludovico Marques relatou hoje o “tom intimidatório” e de “ameaça” com que Bruno de Carvalho se dirigiu aos elementos do ‘staff’do Sporting, durante uma reunião realizada um dia antes do ataque à academia de Alcochete.

A testemunha foi ouvida na 15.ª sessão do julgamento da invasão à academia “leonina”, em 15 de maio de 2018, com 44 arguidos, incluindo o antigo presidente do clube Bruno de Carvalho, que decorre no Tribunal de Monsanto, em Lisboa.

A testemunha descreveu ao coletivo de juízes, presidido por Sílvia Pires, o ambiente em que decorreu a reunião no Estádio José de Alvalade, em 14 de maio de 2018, um dia após a derrota com o Marítimo, na Madeira, por 2-1, que atirou o clube para a terceira posição do campeonato, falhando dessa forma o possível acesso à Liga dos Campeões.

“Fiquei sem perceber qual era o objetivo da reunião. Ele [Bruno de Carvalho] referia constantemente: “aconteça o que acontecer amanhã, quem é que está com esta direção, quem não estiver que saia da sala. Em tom intimidatório e [de] ameaça. Repetiu essa frase várias vezes a olhar nos olhos “, respondeu o fisioterapeuta, às questões da procuradora do Ministério Público.

Questionado minutos depois por Miguel Fonseca, advogado de Bruno de Carvalho, sobre se o tom do antigo presidente nessa reunião não era o que sempre teve, a testemunha disse que não.

“Não era o tom habitual dele. Olhou-nos nos olhos e disse: “Independentemente do que acontecer, vamos ver quem é que vai estar com esta direção “. Senti-me intimidado, isto foi em tom intimidatório”, reiterou Ludovico Marques.

O fisioterapeuta estava no balneário quando ouviu ameaças como “joguem à bola, vamos rebentar-vos a boca toda, vamos matar-vos, não ganhem, que depois vão ver”, frases ditas no exterior do edifício da ala profissional de futebol e repetidas no interior do balneário, onde entraram “talvez 30 indivíduos de cara tapada”.

O fisioterapeuta foi agredido com um objeto na cara, teve de receber tratamento hospitalar e ficou com o “olho inchado e negro” durante 15 dias.

“Sim, obviamente [ficou com receio]. Nos dias seguintes não consegui dormir, tive insónias. Nos dias seguintes não foi trabalhar. Tinha receio de ser agredido na rua, pois alguns desses indivíduos tinham sido detidos, mas não todos”, afirmou a testemunha.

Ludovico Marques contou ainda que, alguns dias após a invasão, teve um ataque de ansiedade, que o levou ao hospital.

A testemunha descreveu ainda em tribunal agressões a alguns dos jogadores levadas a cabo pelos invasores.

“Dirigiram-se logo a alguns jogadores e começaram a empurrar, aos socos, a dar pontapés, gerou-se uma confusão massiva. Quatro a cinco elementos de volta do William Carvalho, outros cercaram o Acuña, deram murros, chapadas e pontapés. Ao meu lado estava o Bruno César, que também foi empurrado. Eu fui atingido na cara, fiquei tonto e baixei a cabeça. Quando levanto a cabeça, vejo três elementos a agredir o Battaglia e um deles a mandar um garrafão de água para cima dele. Tentou defender-se e recuou para um canto”, explicou a testemunha.

Para Ludovico Marques, os elementos só tinham o “objetivo de agredir e ameaçar” e nunca tentaram parar as agressões.

“Todos eles [os invasores] estavam em movimento, uns a empurrar, outros a agredir. Não conseguíamos sair dali, pois eles entravam pela única porta disponível. Estávamos encostados às paredes e não havia forma de sair dali”, acrescentou Ludovico Marques, que também indicou terem sido lançadas duas tochas acesas, uma delas para o meio dos jogadores, no balneário.

O julgamento prossegue na tarde de hoje, com a continuação da inquirição do médio Battaglia e a audição do defesa Sebastien Coates, estes por videoconferência, a partir do Tribunal do Montijo.

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