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O erro médico nos tribunais

Casos de responsabilidade criminal apresentados em seminário
O erro médico nos tribunais

O ato médico compreende, cada vez mais, uma série de atos praticados por diversos profissionais de saúde, o que torna o processo de apurar a responsabilidade criminal, na eventualidade de erro médico, complexo.

Quem o constata é Ana de Brito Camacho, advogada da Sérvulo e Associados, que abordará na manhã de sexta-feira. no seminário ‘Anatomia do Erro Médico: Origem. Casualidade e Consequências’, que terá lugar no Centro de Estudos de História do Atlântico, os critérios que permitem descortinar um eventual crime cometido por um profissional de saúde.

Se a um profissional for imputada a pratica de crime por ofensa à integridade física ou homicídio por negligência, não quer dizer que a um outro, da mesma equipa, o seja.

“Em alguns casos, os tribunais concluíram que só um dos médicos ou enfermeiro, era responsável e noutros casos concluíram que a responsabilidade era da equipa médica, pois teve uma responsabilidade conjunta no desfecho negativo”, esclarece Ana de Brito Camacho.

No entanto, “em Portugal, há já algumas decisões dos tribunais da responsabilidade penal em equipa dos profissionais de saúde”, acrescenta a especialista. Alguns desses casos serão apresentados no seminário. Nenhuma das situações diz respeito à Região.

“Quando é que um médico, vendo outro a praticar um ato errado, deve atuar?”. Ana de Brito Camacho irá responder a esta questão no evento. Antecipa, no entanto, que o dever de denúncia é apurado através da qualificação do médico como funcionário público, conforme previsto no código penal e que. no geral, essa obrigação não existe.

Uma análise dos diversos tipos de crime que dizem respeito a esta matéria será também feita na ocasião.

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Justiça sancionou 23 políticos em dois anos

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Santa Maria da Feira terá um novo Palácio da Justiça dentro de cinco anos

Santa Maria da Feira terá um novo Palácio da Justiça dentro de cinco anos

Obras Contrato de arrendamento das actuais instalações termina nesse período, mas a ministra da Justiça, Francisca Van Dunem, garantiu que, com o apoio da Câmara Municipal, a construção vai mesmo avançar . ..a.
Alberto Oliveira e Silva

Em cinco anos, Santa Maria da Feira terá um novo Palácio da Justiça, a edificar no espaço do antigo que foi encerrado há mais de uma década por, alegadamente, ameaçar ruir. “A adaptação seria muito onerosa, pelo que vamos construir um novo edifício”, revelou, ontem, a ministra da Justiça, Francisca Van Dunem, que visitou o Tribunal feirense – instalado em prédios alugados eo antigo fórum.

A governante disse que vai “aproveitar a disponibilidade” manifestada pela Câmara Municipal para assumir este projecto em parceria Emídio Sousa tinha sublinhado que o governo local está até disposto a comparticipar financeiramente a obra

O presidente da Câmara salientou que a solução tem vindo a ser trabalhada com o Ministério da Justiça e vincou que o seu Executivo “está disponível para liderar o processo” que fará nascer o novo Palácio da Justiça.

Disse-se na expectativa do estabelecimento de um protocolo que defina as responsabilidades de cada uma das partes.

Com nota de que a autarquia já colocou à disposição da tutela a sua equipa técnica para a elaboração do necessário projecto.

Emídio Sousa ainda perspectivou que o novo Tribunal exigirá um investimento que andará entre os oito e os nove milhões de euros – para a edificação de uma estrutura dotada de sete mil metros quadrados de área útil.

Refira-se que o actual contrato de arrendamento das instalações usadas pelo Tribunal de Santa Maria da Feira terminará, precisamente, dentro de cinco anos.

Ontem, a ministra da Justiça também visitou as obras em curso para a transformação da ala Norte do antigo edifício no Tribunal do Trabalho. A intervenção, que representa um investimento de 613 mil euros + FVA, estará pronta no final do semestre.

Francisca Van Dunem foi a Santa Maria da Feira para constatar a aplicação, no Fórum de Justiça local, do programa governamental ‘Tribunal +”, que visa agilizar processos para aproximar a máquina judicial do cidadão.

“Esta experiência está a correr muito bem”, vincou sobre aimplementação neste concelho, salientando que os serviços locais estão “a interiorizar” os conceitos desta iniciativa

Para o cidadão comum, o “balcão +” é a cara do programa, por garantir atendimento em cinco minutos. Após quase um ano de funcionamento, este serviço atende mais de uma centena de pessoas por dia.

O processo de simplificação em curso também remete para a consulta “on-line”de processos, permitindo tirar certidões de processos e registos criminais.

Neste momento, existem 28 “balcões +”no país, esperandose que, até ao final do mês, esse número suba para os 42. O programa ‘Tribunal +” também usa ferramentas internas para optimizar o funcionamento dos serviços.

A ministra da Justiça vincou que as secretarias dos tribunais portugueses ainda funcionavam segundo “um modelo que vem do início do século XX”. Sublinhou que se tomou “indispensável” avançar para “um salto em frente” em termos de capacidade de resposta

Considerou que o programa está a mostrar como é possível “mudar a partir de dentro”, tendo exortado os agentes do sector a empenharem-se para mostrar à sociedade aquilo “que corre bem” no mundo da justiça.

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