
SÁBADO, 26-12-2023 por Paulo Lona, Secretário-Geral do SMMP
Enquanto o mundo se adornava com o brilho festivo das luzes cintilantes, o Natal chegou como uma recordação dos valores que unem a humanidade. Para além das prendas e das festas, existe uma ligação profunda entre o espírito do Natal e a busca intemporal da justiça.
O Natal, na sua essência, simboliza o amor, a compaixão e a boa vontade para com todos. A narrativa de um nascimento humilde em Belém, celebrado tanto por pastores como por reis, encerra a mensagem universal de justiça e igualdade, a esperança de um mundo onde a justiça prevaleça.
No meio das alegres festividades, o apelo à justiça ressoa com particular intensidade.
O Natal convida-nos a refletir sobre o estado do nosso mundo, os conflitos e as disparidades que persistem. Desafia-nos a lutar por uma sociedade em que cada indivíduo seja tratado com
dignidade e justiça.
No meio da busca da paz e da justiça pela comunidade global, duas regiões – Ucrânia e Gaza – continuam a ser focos de conflitos intensos, onde os direitos humanos são frequentemente espezinhados.
Estas duas regiões do mundo são alvo da atenção internacional, empatia e esforços concertados para resolver as violações da justiça e dos direitos humanos.
O conflito na Ucrânia resultou numa terrível crise humanitária. A violação da soberania da Ucrânia levou a deslocações, perda de vidas e a uma atmosfera de medo generalizado.
As violações dos direitos humanos, incluindo as mortes, tortura e violência contra civis, exigem uma condenação global. A comunidade internacional deve defender a proteção dos
civis e a responsabilização de quem violou os direitos humanos.
Em Gaza, o conflito israelo-palestiniano em curso deu origem a outra crise humanitária prolongada. A violação dos direitos humanos, incluindo as restrições à circulação, o acesso a
serviços essenciais e o uso da força contra civis, continua a ser uma preocupação premente.
A busca da justiça em Gaza exige o reconhecimento dos direitos e da dignidade tanto dos israelitas como dos palestinianos.
Para resolver a situação, é necessário o empenho internacional numa solução justa e duradoura que defenda os direitos de todas as partes envolvidas. A ajuda humanitária deve ser
acessível e o ciclo de violência deve ser quebrado através dos canais diplomáticos. A justiça em Gaza exige uma abordagem global que respeite os direitos de todos os indivíduos,
independentemente da sua nacionalidade ou etnia.
A busca global da justiça e dos direitos humanos exige o empenho inabalável da comunidade internacional. Os esforços diplomáticos, o diálogo mediado e os mecanismos de
responsabilização devem ser empregues para encontrar soluções duradouras para estes conflitos.
Ao defendermos a justiça e os direitos humanos na Ucrânia e em Gaza estamos a reconhecer a humanidade partilhada que nos une a todos.
Os princípios da justiça e dos direitos humanos são universais e devem guiar as nossas ações coletivas na promoção de uma sociedade mais justa e solidária.