Pedidos de exclusão alvo de inspeção

EDGAR NASCIMENTO

PROFISSIONAIS DE SAÚDE

AÇÃO O Inspeção-Geral quer saber se motivos invocados no ACES Almada Seixal são “situações concretas” MILHARES O Mais de 6500 enfermeiros e 2500 médicos apresentaram pedidos de exclusão de responsabilidade

A Inspeção-Geral das Atividades em Saúde (IGAS) anunciou uma investigação aos fundamentos das declarações de exclusão de responsabilidades apresentadas pelos profissionais de saúde no Agrupamento de Centros de Saúde (ACES) Almada-Seixal.

Segundo a IGAS, neste tipo de inspeção é verificado se os fundamentos das declarações “correspondem a situações concretas e quais foram as medidas adotadas pelos órgãos de gestão das entidades onde trabalham esses profissionais de saúde”. No ACES Almada-Seixal estão inscritos 364 627 188 médicos de responsabilidade mais de 6500 enfermeiros, enquanto os médicos entregaram mais de 810 declarações – o que corresponderá a cerca de 2500 profissionais. “Não acho que seja normal este tipo de inspeções”, considera ao CM Miguel Guimarães, bastonário da Ordem dos Médicos. O responsável diz que é necessário perceber qual o intuito da ação da IGAS. “Se for para perceber o que levou à exclusão de responsabilidade e se as unidades corrigiram ou não o que é referido, então devem ser feitas. Se é para tentar fazer pressão nos médicos, então é um família. Nos concelhos de Almada e Seixal, maisde50milutentes não têm médico de família atribuído. O CM questionou a IGAS sobre as eventuais consequências da inspeção ao ACES Almada-Seixal e se pretende averiguar os fundamentos das declarações de exclusão de responsabilidade noutras unidades do SNS, mas não não foi dada resposta.

Desde o início do ano sucedem-se os pedidos de exclusão de responsabilidade, de médicos e enfermeiros. Segundo dados das duas ordens profissionais, pediram exclusão de péssimo serviço.” Jorge Roque da Cunha, secretário-geral do Sindicato Independente dos Médicos, recorda que há mais de um mês o SIM solicitou à IGAS que avaliasse as escalas de serviço nos hospitais, “para aferir a sua conformidade com o exigido para garantir a segurança dos utentes”. “Sentimos que muitos conselhos de administração e direções clínicas, no sentido de tentar ocultar o problema, não cumprem com a sua obrigação”, refere, justificando as centenas de pedidos, nomeadamente em urgências gerais e de ginecologia e obstetrícia. •

PORMENORES

O que é a exclusão

0 pedido de exclusão é efetuado por um profissional de uma determinada área, em que invoca a exclusão de responsabilidade, com base num determinado motivo, como a falta de recursos humanos, a escassez de equipamentos ou outros fatores que possam comprometer o exercício da respetiva profissão.

Internos recusam regime

Os médicos internos de 19 especialidades manifestaram à administração do CHU de Lisboa Central a sua indisponibilidade para aderir ao novo regime de trabalho suplementar em serviços de urgência.

Ministro à espera de publicação para anunciar diretor

? O ministro da Saúde, Manuel Pizarro, reafirmou ontem que espera anunciar esta semana o nome do diretor-executivo do SNS, estando apenas a aguardar a publicação em Diário da República da regulamentação da direção executiva.

CAOS NA SAÚDE

MATERNIDADES | BE CHAMA MINISTRO

O Bloco de Esquerda requereu a audição, com caráter de urgência, do ministro da Saúde na Assembleia da República, para Manuel Pizarro esclarecer se o Governo vai avançar com a concentração e encerramento de maternidades e urgências de obstetrícia.

COIMBRA | PRONTA PARA SER SEDE

O presidente da Câmara de Coimbra, José Manuel Silva, já manifestou a disponibilidade para acolher a sede nacional da direção executiva do Serviço Nacional de Saúde (SNS), considerando que a cidade tem todas as condições para tal. “Coimbra tem todas as condições para receber esse órgão executivo.”

ALGARVE | VIAGENS À BÉLGICA

PSD/ALGARVE VAI DAR VIAGENS A0 PARLAMENTO EUROPEU ÀS CINCO PESSOAS QUE JUNTEM MAIS ASSINATURAS PARA A PETIÇÃO “NOVO HOSPITAL CENTRAL 00 ALGARVE JÁ”.

MÉDIO TEJO | “NÍVEIS DE QUALIDADE”

O presidente do Conselho Regional Sul da Ordem dos Médicos, Alexandre Valentim Lourenço, destacou os “elevados níveis de qualidade” de alguns serviços do Centro Hospitalar do Médio Tejo, que atribuiu ao esforço dos profissionais,’ num contexto de falta estrutural de recursos humanos.

250 MIL VACINADOS CONTRA A GRIPE E COVID

? Cerca de 250 mil pessoas vacinaram-se contra a gripe e a Covid-19 desde o início de setembro. Segundo o Instituto Ricardo Jorge, o índice de transmissibilidade (Rt) do coronavírus SARS-CoV-2 ultrapassou o limiar de 1 em Portugal, estando nos 1,03, e a média de infeções subiu ligeiramente para os 2642 casos diários. •

Maioria culpa António Costa pelos problemas na Saúde

? A maioria dos inquiridos no Barómetro CMTV- Intercampus do mês de setembro considera que o primeiro-ministro, António Costa, é o principal responsável pelos problemas que assolam o setor da Saúde. Do total de inquiridos, apenas 9,6 por cento culpa a anterior ministra Marta Temido pelos problemas no setor que tutelava.

Questionados sobre se Marta Temido fez bem em pedir para sair do Governo, 56,9 por cento disseram que sim. Curiosamente, a grande maioria dos inquiridos (cerca de 80 por cento) considera que Marta Temido foi uma ministra da Saúde com desempenho bom ou razoável. Ou seja, apesar de concordarem com a saída do Governo, os portugueses consideram que Temido foi uma ministra da Saúde competente. Só 16,5 em cada 100 inquiridos consideram que o trabalho de Temido à frente de um dos ministérios mais difíceis de gerir nos últimos anos, devido à pandemia, foi mau. Sobre a eficácia do combate à pandemia de Covid-19, que marcou grande parte do mandato de Marta Temido, a maioria (72,8 por cento) considera que o trabalho da antecessora de Manuel Pizarro foi bom, enquanto 19,3 por cento consideram que foi um desempenho ineficaz.

Marta Temido foi ministra da Saúde entre 15 de outubro de 2018 e 10 de setembro de 2022. A sua governação ficou marcada por várias divergências com os profissionais do setor e problemas no SNS. *E.N.

OPINIÃO

Reflexão

ANTÓNIO SALVADOR

DIRETOR GERAL DA INTERCAMPUS

0 Barómetro CM-Intercampus deste mês de setembro realça alguns factos políticos – alguns deles já esboçados anteriormente – que talvez valha a pena registar. Comparemos os últimos 5 meses. A diferença de intenção de voto entre o PS e o PSD (com indecisos) desceu de 16%, em maio, para 6%, em setembro. Com a recuperação recente do PSD, a IL desce, em setembro. A popularidade de António Costa como primeiro- ministro desceu de 3,2 (numa escala de 1 a 5 em que a média é 3,0), em maio, para 2,8, em setembro. A popularidade do Governo desceu de 3,1 em maio, para 2,8, em setembro.-A população, hoje, não consegue dizer qual é o melhor ministro (o máximo obtido é 5%, quando Marta Temido obtinha 27% em maio). Em setembro observamos muitas acusações ao Governo: 88% dos inquiridos acham insuficientes as medidas de apoio, 70% acham insuficiente a ação do Governo na prevenção dos fogos e 59% na prevenção da seca. Por outro lado, 58%

acham que os pensionistas vão ficar pior. Finalmente, 53 % consideram o primeiro-ministro responsável pelos problemas na área da Saúde e só 10% atribuem a culpa a Marta Temido. Todos estes factos constituem matéria de reflexão. Sobretudo, provavelmente, para o primeiro-ministro. •

PUTIN RECUPERA ESTRATÉGIA DE ESTALINE

Oitenta anos depois, os russos recorrem a uma mobilização militar de 300 mil voluntários à força

Descontentamento da ‘maioria silenciosa’ ameaça o regime Putin, acossado, poderá recorrer a armas nucleares Fuga em massa e protestos em Moscovo Como func…

PSD anuncia audição potestativa do MD

Em causa está a fuga de documentos da NATO.

O PSD anunciou ontem que vai pedir uma audição potestativa da ministra da Defesa, após o PS ter ‘chumbado’ os requerimentos para ouvir a governante e outras entidades. Em causa está o ciberataque ao Estado M…

Empresas avançam com processos na Europa

Zona Franca

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Empresas avançam sozinhas para o TJUE

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ZONA FRANCA DA MADEIRA

Contestação do caso da Zona Franca da Madeira sofreu ontem um revés, após chumbo …

Pedido do PCP para ouvir PGR chumbado

PORTUGAL A comissão parlamentar de Assuntos Constitucionais, Direitos, Liberdades e Garantias chumbou o requerimento do PCP para uma audição à Procuradora-Geral da República (PGR) sobre a transferência dos gabinetes da Europol e Interpol da alçada da P…

CADERNO DE SIGNIFICADOS

Director-geral editorial adjunto Eduardo Dâmaso

Enquanto houver pão e circo, ninguém quer saber se os partidos estão por conta de interesses obscuros e se, por isso, a corrupção se torna endémica neste país. Isso é para os chatos de serviço

Regressem…

50 MEDIDAS PARA POUPAR A PARTIR DE AGORA

Bruno Faria Lopes

Faça um contra-ataque à inflação e aos juros. Perceba como pode poupar milhares de euros por ano sem baixar o seu padrão de vida, aproveitando oportunidades na negociação dos créditos, na energia e nos combustíveis, nas compras da casa e nos impostos.

Há um choque em curso nos orçamentos familiares dos portugueses, tão intenso como inesperado há apenas um ano. O maior agravamento dos preços em 30 anos está a levar os bancos centrais a subirem de forma abrupta as taxas de juro, levando a um duplo golpe nas finanças de milhões de pessoas: o da inflação no dia a dia e o da subida brutal das prestações do crédito à habitação. O tempo será de compressão forte nas finanças pessoais – e é aqui que entram as 50 dicas de poupança abaixo expostas.

A ideia deste artigo não é dizer-lhe que terá de ir menos ao restaurante ou de viver com menos – isso é uma escolha individual que, em muitos casos, será inevitável. O objetivo é mostrar como pode poupar potencialmente milhares de euros por ano sem baixar o padrão de vida – apenas com organização, vontade de negociar e disciplina.

O INÍCIO

1 O primeiro passo: o mapa

É frequente termos uma ideia das maiores despesas, “mas não como gastamos até ao cêntimo eé aqui que há poupança escondida”, explica Bárbara Barroso, diretora do MoneyLab, uma consultora de finanças pessoais. Inclua mesmo tudo: das grandes despesas, como a prestação da casa e os seguros, às comissões mensais de 5 euros nas contas bancárias, passando pelas refeições entregues em casa e os snacks avulsos. Isto ainda não é um orçamento – isso é quando põe tetos na despesa consoante a sua receita e as suas metas. Mas, sem este mapa, não consegue planear, nem detetar onde pode começar a cortar sem dor. Pode apontar linha a linha num ficheiro Excel (com descrição, valor, data e categoria de gasto), pode usar uma app gratuita como o Boonzi (ou a ferramenta que a app do seu banco fornece) ou o velho papel e caneta.

2 A despesa à espreita. Se subscreve apps ou assinaturas que no início são gratuitas ou a preço muito baixo e a partir de uma certa altura passam a cobrar automaticamente um valor mais alto, crie alertas no telemóvel com antecedência para poder cancelar caso queira, sugere Bárbara Barroso. A tendência é para se esquecer.

DÍVIDAS E BANCOS

3 Prestação a explodir? Amortize mais cedo.

Para quem tenha poupanças além de um pé-de-meia de emergência (que cubra até meio ano de despesas), antecipar a amortização do crédito à habitação é crucial para compensar a subida das Euribor. O alívio é imediato: se pegar em 5 mil euros e abater a uma dívida de 100 mil euros, com 25 anos para terminar um empréstimo de 30 anos e com um spread de 1%, ficará a pagar 443 euros por mês em vez de 467 (assumimos a Euribor de 12 meses mais recente, igual à média de agosto; usámos o simulador da consultora Doutor Finanças, disponível onllne). É um alívio imediato de 24 euros por mês (288 euros anuais). Se em vez de 5 mil euros amortizar 10 mil, o alívio na prestação chega a 47 euros (564 euros anuais). A poupança não é só agora. “A relação entre dívida e juros é linear: quem amortizar 10% da dívida, pagará menos 10% de juros ao longo do crédito”, explica o analista de finanças pessoais David Almas, editor do boletim Tllm Um empréstimo de 100 mil euros a 30 anos com um spread de 1% irá gerar 52 mil euros em juros até ao vencimento (assumindo a Euribor a 12 meses mais recente), exemplifica Almas. “Se amortizar 10 mil euros reduz esse juro em 5.200 euros”, aponta. Este passo faz ainda mais sentido para quem tenha a poupança a perder valor em depósitos. Nota: amortizar mais cedo custa uma comissão de 0,5% para quem tenha crédito a taxa variável.

4 Amortize mais cedo: versão ‘melhorada. Se tiver margem para amortizar mais cedo e reduzir o prazo do crédito, melhor. “Foi o que eu fiz: tinha um crédito à habitação a 35 anos, mas paguei-o em menos de sete. É uma das situações em que o dinheiro compra liberdade”, afirma David Almas.

5 Renegocie o spread: é mais fácil do que pensa. Para quem não tem poupanças para amortizar antecipadamente o crédito, o primeiro ponto de ataque é outro: renegociar o spread. “Renegociar é relatlvamente fácil, mas as pessoas geralmente não têm essa perceção”, indica Nuno Rico, analista de dívida da Deco Proteste. Se tiver um spread acima de 1,25 pontos já vale a pena mexer-se. “Com facilidade consegue ficar dentro de 1% ou até abaixo”, diz Nuno Rico. Uma pessoa com 100 mil euros em dívida, 20 anos para o fim do crédito, Euribor a 6 meses (a mais recente) e um spread de 1,5% paga 522 euros por mês – baixando o spread para 1% fica a pagar 498 euros, uma poupança mensal de 24 euros (288 euros por ano) ao longo de 20 anos. Pesquise a concorrência (a Deco é uma das instituições com simuladores), reúna duas propostas melhores do que a sua atual, peça mais detalhe aos balcões dos bancos e vá falar com o seu. O crédito da casa retém clientes e os bancos “em 95% dos casos aceitam negociar”, diz Nuno Rico. Negociar serve para créditos em curso e para novos. “Troquei de casa há semanas e tive de fazer um novo crédito – encontrei duas propostas melhores do que o spread de 1,15% que tinha”, conta Nuno Rico. “O meu banco disse que só conseguia igualar os 1,15% que tinha antes, mas quando eu disse que tinha um crédito pré-aprovado a 0,95% a gestora fez melhor e fiquei com 0,9%”, descreve.

6 Junte as suas dívidas.

Se consolidar créditos dispersos já fazia sentido em tempos de bonança, nestes faz ainda mais. Para a junção de vários créditos pode sempre recorrer a consultoras como a Doutor Finanças ou a Reorganiza, para dar dois exemplos. A poupança é significativa. “Recentemente chegou-nos um cliente com um valor em dívida de cerca de 47 mil euros, que incluía créditos pessoais e cartões de crédito”, conta Cláudio Santos, diretor comercial da Doutor Finanças. A consolidação fixou um prazo de 84 meses e baixou a taxa de juro de 16% para 12,9%. “Permitiu poupar mais de 320 euros por mês, ficando o cliente com uma prestação de 895 euros”, explica Cláudio Santos. Na dívida de cartões de crédito e de descobertos bancários consolidar poupa dinheiro em termos globais, mas noutros casos significa um alívio imediato tendo como contrapartida mais custos no total. “Contudo, pode ser a diferença entre conseguir cumprir os pagamentos ou falhar”, nota Cláudio Santos. Consolidar também permite fixar os pagamentos num só dia e facilita a gestão das contas.

7 Taxa fixa: pagar pelo sossego? Aproveitou os últimos anos para pôr o crédito da casa em taxa fixa e conseguiu taxas abaixo de 2%? Parabéns! Se ficou de fora e tem créditos ainda no início – ou se está a pensar em contratá-los -a dúvida mantém-se: ainda vale a pena a taxa fixa, agora que a mais baixa no mercado está a 3,5%? A vantagem é a previsibilidade. Se conseguir contratá-la para prazos longos fixa este encargo e facilita o planeamento das suas finanças. Mas o sossego paga-se: a taxa fixa é tendencialmente mais cara do que a variável ao longo do crédito. Uma forma de pensar está no valor que dá ao sossego: se fixar a taxa em 3,75% a 20 anos e tiver um spread de 1% está a assumir uma Euribor média de 2,75% nesse período. A média da Euribor a 12 meses nos últimos 23 anos foi de 1,77%, mas isto inclui o período extraordinário de juros nulos ou negativos na última década – se o excluirmos, a média sobe para 2,98%. Se pensarmos numa média futura de 2% será que um “prémio” de 0,75% é muito alto para comprar o seu sossego? A resposta depende de si. Notas finais: só aceite prazos longos (mais de 20 anos); se amortizar antecipadamente for o seu plano então a fixa não é para si (a comissão é 2%).

8 Taxa fixa: não a largue de vista. Mesmo que continue com a taxa variável fique atento à evolução das Euribor – se vierem a baixar, o “preço” do seguro da taxa fixa pode baixar.

9 Não olhe só para ospread.

Se transferir o seu crédito à habitação ou comparar propostas num crédito novo não vá só atrás do spread foque-se na TAEG, a taxa global do empréstimo. Um spread mais baixo pode ocultar um encargo global maior.

10 Amortize o crédito pessoal já. No crédito pessoal, onde as taxas de juro rondam 8%, amortizar antecipadamente compensa muito. Numa dívida de 25 mil euros com uma taxa de 8% e 72 prestações em falta, uma amortização de 5 mil euros baixa a prestação mensal em quase 88 euros por mês e de 1.312 euros ao todo no fim do prazo, exemplifica a Doutor Finanças. Se amortizasse o crédito integralmente, este cliente pouparia mais de 6.500 euros em juros, nota a consultora.

11 Elimine contas e cartões.

A média da comissão de manutenção de conta praticada pelos cinco maiores bancos anda nos 20 euros. Quantas contas bancárias tem? Precisa de todas? Provavelmente não. Mais: provavelmente tem contas que deixou de usar e das quais já nem se lembra (não é incomum, diz a Deco). O primeiro passo é consultar o portal do Cliente Bancário, do Banco de Portugal, e introduzir as senhas de acesso das Finanças para ver as contas no sistema bancário em seu nome. O segundo é cortar nas contas. Como as contas estão associadas a cartões de débito (cujas anuidades médias também rondam 20 euros) e de crédito aproveite também para poupar nas anuidades. “Ao todo poupa facilmente até 100 euros num ano”, afirma Nuno Rico.

12 Vá para a banca online.

Se precisar de duas contas -e uma delas for aquela em que domicilia o salário por causa do crédito – escolha a outra num banco online. Activo Bank, Best Bank, BIG Online e BNI Europa não cobram comissão de manutenção.

13 Contas de serviços mínimos. Para pessoas com uma vida financeira simples que precisem de uma só conta, um cartão de débito e a possibilidade de transferências mensais via Net, a conta de serviços mínimos é uma excelente opção. Pode solicitá-la em qualquer banco. O custo anual é 1% do Indexante dos Apoios Sociais (4,43 euros este ano).

14 Um cartão que devolve dinheiro. Há cartões de crédito com ofertas de devolução de uma fração daquilo que gastar (o cashback). O Cetelem Black devolve 3% das compras até um teto anual de 120 euros. A Unicre tem o cartão Atitude, que devolve até 200 euros (tem de gastar mais de 500 euros por mês para esgotar o máximo de 20 euros de devolução mensal). Escolha pagar 100% do valor em dívida no fim do mês, sem juros (são superiores a 15%!).

SEGUROS

15 Reveja o seguro do crédito da casa “A revisão dos seguros pode ser muito significativa”, explica Cláudio Santos. “As pessoas tendem a não fazer outro tipo de contas, mas muitas vezes compensa contratar os seguros fora do banco”, diz o responsável da Doutor Finanças. Cláudio Santos dá o exemplo de um cliente com três seguros – “dois de vida e um multirriscos”- que, depois da análise da consultora, conseguiu baixar o encargo anual de 944 euros para 548, quase 400 euros de poupança anual. Se sofrer penalizações no spread por deixar de ter o seguro inicial faça as contas ou recorra ao apoio de um mediador ou de uma consultora.

16 Faça a ronda no seguro do carro. Uma das mudanças mais fáceis é no seguro automóvel: há concorrência e promoções frequentes para transferência do seguro, com preço mais banco e as mesmas coberturas. As seguradoras online são mais baratas.

17 Pague anualmente. Pagar de uma vez só e por débito direto frequentemente gera pequenos descontos. Verifique com ajuda de um mediador, se necessário – se juntar todos os seguros que tem numa só seguradora não gera poupanças maiores.

18 Corte nas duplicações.

Não é pouco frequente ter beneficiários da ADSE -o seguro dos trabalhadores do Estado – que também têm seguros de saúde privados, nota Sandra Justino, especialista em seguros da Deco Proteste. Quem faz isto tem uma tripla cobertura: a do SNS, universal e gratuito; a da ADSE, um seguro para o qual desconta 3,5% do salário ou da pensão; e o seguro de saúde. Corte e poupe centenas de euros. Sandra justino diz que nunca recomenda largar a ADSE: quando sai não volta a entrar e “é para a vida”.

19 Reveja as coberturas. Estude as suas coberturas e veja se ainda fazem sentido para si e para a sua família consoante as idades forem mudando. “Se tem cobertura para óculos e lá em casa ninguém precisa, se calhar pode tirar”, exemplifica Sandra Justino. Tem de nego ciar com a seguradora – um mediador, também aqui, pode ajudar.

APLICAÇÕES FINANCEIRAS

20 Deixe de perder(tanto) dinheiro. Os portugueses tinham um recorde de 180 mil milhões de euros depositados em bancos, com uma taxa praticamente nula. Se o leitor tiver 100 mil euros a render zero no banco vai perder em termos reais 7.400 euros só este ano (assumindo os 7,4% médios -a sua taxa de inflação pessoal pode até ser maior do que a oficial). Os maiores bancos já sinalizaram que vão demorar a subir as taxas dos depósitos. Se não gosta mesmo de risco tem opções menos más. “Os Certificados de Aforro são a alternativa natural aos depósitos bancários”, lembra David Almas. A remuneração é indexada à Eurlbor a 3 meses, que está a subir. “As subscrições neste mês de setembro arrancam a pagar uma taxa anual bruta de 1,432%, o dobro dos depósitos a 12 meses mais generosos”, aponta o analista. Ao nível atual das taxas de juro, renderá 2,11% por ano na próxima década, já depois de descontar os impostos. Uma alternativa a dois anos, para uma pequena poupança, é uma conta ordenado remunerada: a do Bankinter não tem comissões, remunera a 5% no primeiro ano e a 2% no segundo, para um saldo até 5 mil euros e para quem domicilie um salário ou pensão acima de 800 euros. Pode ir aqui buscar 250 euros em juros no primeiro ano se tiver o saldo sempre em 5 mil euros.

21 Aplique num fundo-indice. A ideia não é, neste espaço apertado, traçar uma estratégia de investimento diversificada, mas antes lembrar que o investimento em ações é uma forma crucial para, no longo prazo, proteger o seu poder de compra e ganhar dinheiro. Para não ter de escolher ações, e para beneficiar de comissões baixas, prefira os chamados ETF – os fundos que replicam índices globais de ações e que batem as taxas de retorno dos fundos que lhe cobram taxas de gestão. O Fidelity MSCI World Index EUR P, comercializado pelo Banco Best, é um bom exemplo. Está a perder 0,2% este ano ea ganhar mais de 11% nos últimos quatro.

22 PPR? Cuidado. Três em quatro euros investidos em PPR estão aplicados em planos de capital garantido”, nota David Almas na última edição do boletim gratuito Tlim, que relançou este mês. “É normalmente uma má escolha: apenas um terço dos PPR garantidos atualmente em comercialização conseguiu bater a (baixa) inflação nos últimos cinco anos”, explica. O poder de atração dos PPR tem a ver com os benefícios fiscais, mas o produto em si cobra comissões altas eé menos vantajoso do que os certificados de aforro. Mesmo os melhores PPR, sem capital garantido, perdem na comparação com o investimento numa carteira com um fundo indexado de ações e outro de dívida pública da Zona Euro, calcula David almas.

23 Está a perder na Bolsa?

Não sala. Se as suas aplicações incluem fundos de ações, este ano está a ser duro. A tentação é para querer sair. Resista: quem entra e sai, procurando “ler” o mercado, ganha menos do que quem fica a longo prazo.

ENERGIA: OS COMBUSTÍVEIS

24 Como poupar sem largar o carro I. “Os carros hoje têm as caixas [de mudanças] estruturadas para que a velocidade económica esteja entre 70 e 90 km/h”, explica António Macedo, da empresa CR&M. A consultora de formação de condutores tem um simulador que ilustra a poupança de andar um pouco mais devagar. Um exemplo: se morar em Loures, na periferia de Lisboa, e viajar a 90 km/h em vez de 120 km/h a caminho do trabalho na capital poupa 72 euros anuais em combustível e demora só mais três minutos.

25 Como poupar sem largar o carro II. Não é só a velocidade: é o estilo de condução. Acelerar bruscamente (acima das 2.200 rotações) e não começar a reduzir quando é visível que terá de parar é “como deixar o frigorífico de porta aberta”, explica António Macedo.

26 Como poupar nas descidas. Se estiver a descer deve ter uma mudança engrenada – se não tocar no acelerador o motor corta a injeção. “Está a travar com a caixa ea gastar zero combustível”, nota António Macedo. Bate ir em ponto morto na poupança dos travões.

27 Vale a pena procurar. Onde vivo, em Lisboa, há uma diferença de 17 cêntimos por litro no gasóleo simples entre a bomba mais cara e a mais barata num raio de dois quilómetros. Num depósito de 55 litros a diferença de pesquisar pode valer até 9,4 euros no meu caso (114 euros anuais) – se gastar dois depósitos por mês, ou se a família tiver dois carros a gastar um depósito cada, são quase 19 euros mensais (228 euros por ano). OO A app VivaGas, citada pelo jornalista Pedro Andersson no livro Contas Poupança, publicado este mês, é útil para perceber onde pode abastecer mais barato. Evite abastecer nas autoestradas.

28 Revisão do carro: fuja da marca. Pode poupar até 50% nas revisões em oficinas independentes (foi o que passei a poupar, em média, ao tirar o meu Volkswagen para uma oficina da Bosch). A revisão deve ser feita a tempo para evitar custos desnecessários.

ENERGIA: A CASA

29 Pesquise -e mude. A primeira medida: olhar para o que paga e comparar. “Nos últimos três anos pouco mais de um quarto dos portugueses terão mudado o contrato de energia”, diz Pedro Silva, especialista em energia da Deco Proteste. A mudança é gratuita e rápida. E compensa? Para quem tem contrato de eletricidade no mercado livre há umas letrinhas no fundo da fatura que dão um primeiro sinal: o seu fornecedor é obrigado a dizer, para o período a que se refere a fatura, quanto pagaria caso tivesse a tarifa regulada (no meu caso seria menos 1 euro na minha fatura mensal mais recente). No gás isto ainda não existe, mas pode estar para breve, já que no próximo mês caem as restrições à mudança para a tarifa regulada. Um passo complementar, importante, é usar os simuladores (da ERSE ou da Deco) para pesquisar o mercado. Simular corretamente implica escolher a opção em que detalha o seu consumo (as restantes são aproximações grosseiras), o que nem sempre é fácil porque as faturas são difíceis de ler. No simulador da Deco, que usei com a assistência de Pedro Silva, fiz uma aproximação ao consumo do ano inteiro baseada numa fatura mensal (multiplicando por 12 o consumo e ajustando para ter em conta os meses em que gasto mais). Descobri que posso poupar cerca de 50 euros por ano ao mudar para a tarifa regulada de gás e eletricidade.

30 Ouça o Nobel da Física. Correu o mundo a dica simples de Giorgio Parisi, que venceu no ano passado o Nobel da Física: com a água a ferver põe-se a massa e, passados só dois minutos, reduz-se o fogão para o mínimo. “O mais importante é manter a tampa, porque perde-se muito calor por evaporação”, explicou. A cozinha é onde, segundo o INE, se gasta um terço do consumo doméstico de ‘ energia. Pedro Silva, especialista em energia da Deco Proteste, acrescenta dicas à do Nobel italiano: se tiver fogão a gás é mais rápido e económico pôr a água a ferver numa chaleira elétrica; desligue o fogão antes do fim do tempo e mantenha a tampa; use o forno para mais de um tabuleiro de comida. E, caso tenha margem, pondere investir num fogão com placa de indução, que corta para metade o custo de cozinhar.

31 Faça como no tempo das avós. A generalidade das casas em Portugal é má do ponto de vista térmico. “Rolos nas portas da rua impedem o frio de entrar ou calor de se perder, como no tempo das nossas avós”, lembra Pedro Silva. Isole frinchas nas janelas, corra os estores e os cortinados para ajudar a preservar o calor.

32 Encha a máquina. Nas máquinas de louça e roupa evite os programas com meia carga (não gastam metade da energia e da água) e faça pré-lavagem para poder escolher programas mais económicos.

33 Frio mais económico. Só um aquecedor elétrico gasta mais por ano do que um frigorífico, segundo a estimativa da Deco Proteste, que aconselha regular a temperatura para 5 aC a7 SC no refrigerador e para -18 aC no congelador. Mantenha o frigorifico organizado para perder menos tempo de porta aberta à procura de coisas. Descongele semestralmente (caso o frigorífico não o faça por si).

34 Acabe com os fantasmas. Micro-ondas com relógio no visor, TVs e boxem standby, aparelhos carregáveis ligados à tomada já carregados, computadores, etc. – são os “consumos-fantasma” a abater. Uma pequena poupança que, segundo a Deco, pode chegar a 20 euros por ano.

TELECOMUNICAÇÕES E ÁGUA

35 Aproveite o fim da fidelização. O mercado das telecomunicações é peculiar: os operadores tipicamente blindam os clientes à mudança para a concorrência, seja através de fidelizações ou de “refidelizações” constantes (a troco de uma melhoria das condições). A esmagadora maioria das pessoas está fidelizada e tem de pagar para mudar, o que não compensa. O fim da fidelização é a oportunidade para analisar o seu pacote -é possível que tenha aderido a promoções anteriores em pacotes que não se adaptam ao que gasta. Precisa mesmo de 500 MB de velocidade na Internet fixa (quando 100 MBa 200 MB servem para um utilizador normal) ou de 10 GB de dados no telemóvel? E compensa ter o serviço móvel fora do pacote? “Nos preços comunicados às pessoas entre operadores não há grandes diferenças, mas é na análise dos serviços do pacote que pode poupar”, explica Sofia Costa, especialista da Deco Proteste. A associação identificou poupanças de 11 a 15 euros por mês baixando ligeiramente as características dos serviços contratados ou mudando o serviço móvel para outro operador.

36 Água: use redutores. É uma despesa que se paga a prazo. É barato e fácil de instalar, diminuindo o consumo de água até metade sem perda de temperatura, nem de pressão.

37 Água: truques simples. Recolha a água do banho (enquanto espera que aqueça) para usar no autoclismo (cada descarga gasta 7 a 15 litros), feche a torneira quando não está a usar (enquanto lava os dentes, por exemplo) e use as máquinas na cozinha apenas com a carga completa.

COMPRAS DA CASA

38 A maior medida: planear. A alimentação pesa cerca de 14% em média nos gastos das famílias – é das maiores rubricas, segundo dados do INE. “Na poupança com alimentação, o que muda mesmo as coisas é fazer menus semanais de refeições”, afirma Bárbara Barroso.

A ideia é combinar o inventário permanente da dispensa – “ser a Marie Condo da dispensa”, brinca Barroso – com a planificação das refei ções. “Em casa envolvemos os miúdos na escolha dos menus”, diz a especialista em finanças pessoais. Vantagens: poupa tempo e “imenso dinheiro”. Planificar significa fazer listas de compras eficientes de que não se desvie, essencial nas compras do supermercado.

39 O poder das promoções. Para quem tem tempo para ir às compras com frequência faz sentido furar o planeamento das refeições para aproveitar as promoções -e decidir o que comer em função delas. Se não quiser furar os planos leve na mesma o que está em promoção – e congele a pensar em menus futuros.

40 Não vá às compras com fome. A dica mais simples para evitar compras de Impulso. Se puder não levar crianças, melhor.

41 Esteja atento às quantidades. A “reduflação” – inflação disfarçada sob a forma de quantidades mais pequenas vendidas ao mesmo preço – está aí. Sempre que puder compare os preços por unidade (litro, quilo). Nos frescos evite levar produtos pré-embalados, sempre mais caros.

42 Marcas brancas imbatíveis. Na alimentação proporcionam uma poupança média superior a 20%, segundo a Deco Proteste – este valor sobe para 40% nos detergentes e para uns incríveis 80% em produtos de higiene pessoal.

43 Compre em segunda mão. De roupa de adulto à de criança (que deixa de servir num instante), passando pelos móveis da casa, o mercado de segunda mão está a recuperar. As poupanças são significativas. Peça mais imagens ao vendedor e pense sempre em negociar o preço.

44 Bibliotecas municipais. Contorne uma parte do custo dos livros recorrendo aos empréstimos gratuitos das bibliotecas municipais.

IMPOSTOS

45 Esgote a dedução. Numa família com dois sujeitos passivos cada um tem uma dedução global à coleta em sede de 1RS de 250 euros. “Vemos por vezes casais em que um tem despesas e o outro não tem”, conta Ana Teixeira de Sousa, sócia da FSO Consultores. Os dois têm de pedir faturas e ambos podem pedir com o NIF do outro. No caso de contribuintes idosos que saiam pouco de casa também não é raro ver esta dedução de 250 por usar – os filhos e os netos podem também pedir faturas relativa às despesas dos avós. Aproveite tudo.

46 Faça ginástica fiscal. Vá ao Portal das Finanças de três em três meses para confirmar que estão lá todas as faturas com NIF (se não estiverem introduza-as manualmente). Ana Teixeira de Sousa, que compara o esforço à ginástica fiscal, lembra que este ano os contribuintes vão deixar de poder reclamar despesas não registadas no portal do e-fatura (havia um prazo até fevereiro). Se não verificar a tempo as faturas, a única hipótese será introduzi-las manualmente na declaração de IRS. “Aí fica quase de certeza sujeito à fiscalização da Autoridade Tributária e à obrigação de apresentar os documentos, que pode não ter guardado”, lembra a especialista.

47 Voltou? Aproveite. Quem está a regressar à taxa especial de 20% sobre os rendimentos do trabalho. Ana Teixeira de Sousa refere que é frequente as pessoas elegíveis para este benefício falharem o prazo (por desconhecimento do próprio benefício) e pensarem que não podem ter direito. Primeira dica: informe-se sobre o benefício. Segunda: se tiver falhado o prazo não desista; há jurisprudência nos tribunais fiscais para levar o Fisco a reconhecer-lhe o benefício, aponta Ana Teixeira de Sousa. Terceira: se vai sair do País altere a sua morada fiscal (a não alteração complica muito o acesso a benefícios futuros desta natureza).

AMPLIE A RECEITA

48 Venda em segunda mão: o que está a dar.

Vender em segunda mão é uma forma boa de aumentar a sua receita. De acordo com a plataforma OLX, o mobiliário para a casa, as ferramentas para construção e os carros são as categorias cujo preço de venda no mercado mais subiu no primeiro semestre do ano. No mobiliário, afetado por inflação e atrasos nas entregas, as subidas vão de 23% (cadeiras) a 58% (sofás). Nos carros, os dados da plataforma Standvlrtual mostram um aumento de 20% no preço médio. É uma boa altura para vender estes produtos, assim como relógios de coleção, cujo mercado estabilizou em alta (a plataforma Chrono24 é uma das que pode usar). Capriche nas fotos no momento da venda, esteja pronto para negociar e junte um brinde para atrair compradores.

49 Vai vender casa? Esqueça a agência.

Se estiver a vender uma casa numa localização “quente” no mercado é provável que não precise de recorrer a uma agênciafica com mais trabalho (mostrar a casa e tratar da papelada), mas a poupança é brutal. A comissão da agência é tipicamente de 5%, sobre a qual acresce IVA a 23%. Em 2019 eu e a minha mulher vendemos a nossa casa sem agência e poupámos 29 mil euros em comissões.

50 Tem um quarto disponível? Arrende-o. Se tiver margem para arrendar um quarto encare-a como uma fonte potencial de receita. Há uma enorme falta de alojamento para estudantes (e professores). O custo médio de um quarto em Lisboa está nos 380 euros, segundo o site Alfredo Student. O

Inflação

A taxa de 7,4% prevista pelo Governo para a evolução dos preços este ano éa maior desde 1992 Explosão

A subida da Euribor a 12 meses de -0.5% há um ano para 2,1% soma mais 128 euros por mês cada 100 mil euros de crédito a 30 anos com spread de 1%

SE TEM POUPANÇA A RENDER ABAIXO DA INFLAÇÃO, AMORTIZAR O CRÉDITO DA CASA MAIS CEDO É CRUCIAL PARA QUEM TENHA

SPREAD

ACIMA DE 1,25% VALE A PENA VER O MERCADO E NEGOCIAR COM O BANCO NUMA DÍVIDA DE €25 MIL, TAXA DE 8%E72 PRESTAÇÕES EM FALTA, AMORTIZAR €5 MIL BAIXA A PRESTAÇÃO MENSAL A REVISÃO DOS SEGUROS É LARGAMENTE IGNORADA, MAS PERMITE POUPANÇAS DE CENTENAS DE EUROS Ondegasta

Habitação, alimentação em casa e transportes valem em média mais de 60% dos gastos familiares, segundo o INE SE TIVER 100 MIL EUROS NO BANCOA RENDER ZERO VAI PERDER MAIS DE 7 MIL EUROS. HÁ ALTERNATIVAS Juros

A expectativa do mercado é que o ciclo de subidas termine com as taxas de referência até 2,5%. A incerteza é alta O FOSSO ENTRE O POSTO MAIS CARO EO MAIS BARATO NUM RAIO DE 2 KM PODE CHEGAR A 17 CÊNTIMOS POR LITRO NA COZINHA GASTA UM TERÇO DA ENERGIA EM CASA – UM NOBEL DA FÍSICA EXPLICA COMO POUPAR NO FOGÃO Má notícia

Se o seu contrato de telecomunicações é posterior a 2017 terá um aumento do preço igual à inflação A FATURA DA ELETRICIDADE TEM, EM LETRAS PEQUENINAS, QUANTO ESTÁ A PAGAR FACE À TARIFA REGULADA PLANIFICAR AS REFEIÇÕES PARA A SEMANA É A CHAVE PARA DESBLOQUEAR A POUPANÇA COM A ALIMENTAÇÃO CARROS, MÓVEIS, FERRAMENTAS E RELÓGIOS SÃO BENS “QUENTES” NO MERCADO DE SEGUNDA MÃO Energia

Pode poupar tanto ou mais com as dicas sobre os gastos domésticos desnecessários do que a mudar de fornecedor