A subservação da Constituição

Na mais recente declaração o Senhor Presidente dá a entender que o governo está ainda em plenitude de funções até início de Dezembro. Não poderíamos estar perante maior fraude à Constituição.

Prestes a completar 48 anos de existência a Constituição da…

Portugal atordoado: e agora?

Está na altura dos partidos que afirmam (todos) estarem preparados mostrarem o que farão de diferente em relação ao PS, em fase de apreciação na especialidade do Orçamento de Estado 2024.

A Economist noticia: "O Primeiro Ministro de Portugal demi…

Pedro Dias: a sangue-frio

PROVA DEVIDA

Pedro Dias: a sangue-frio

PAGS. 26-26

Pedro Dias

ANTÓN IO ARAÚJO

Prova de Vida*

-Indonésia…

Senhora doutora, eu estou muito longe; estou na – Está na Indonésia? Ô senhor doutor, desculpe, eu sei… Estou aqui eu, está a Sandra Rel…

Anotazinha que abalou Portugal

"No decurso das investigações surgiu, além do mais, o conhecimento da invocação por suspeitos do nome e da autoridade do primeiro-ministro e da sua intervenção para desbloquear procedimentos (…)". Face a esta ínfima parte da nota enviada à …

Um primeiro-ministro não tem amigos

O primeiro-ministro pediu, ontem, desculpa aos portugueses pelo comportamento do seu agora ex-chefe de gabinete, dizendo ter ficado "envergonhado" ao saber que Vítor Escária escondia envelopes com 75 800 euros em São Bento. Numa comunicação a…

Costa é o verdadeiro responsável

Eduardo Cintra Torres Texto escrito com antiga grafia

Quem tece a teia é a aranha

Panóptico

Embora muitos nos media continuem a defendê-lo, a carreira política de Costa está em cacos. Perdeu a chefia do governo e do PS. Perdeu a credibilidade. Ficou…

21 perplexidades

Opinião Joana Amaral Dias

O problema é a investigação do MP e o Estado de Direito a funcionar e não a corrupção com o seu carácter estrutural na política portuguesa?!

2 Porque é que o Centeno dos bilhetes para o Benfica e cuja passagem do Executivo p…

Democracia sufocada

JOR Marta Cândida Almeida, Diretora do DCIAP

JUSTIÇA EM DEMOCRACIA

A justiça portuguesa é, afinal, a mais célere do Planeta! Com estrondosa e censurável violação do segredo de justiça, esquecida que foi a discrição até então, o país foi acordado na passada terça-feira com notícias sobre a realização de várias diligências, de detenção, buscas e apreensões domiciliárias e não domiciliárias, no âmbito do processo relativo à exploração do lítio e hidrogénio verde. De imediato, os média rodearam-se de alguns espertos nestas matérias, e não só, que rapidamente se organizaram, nomeadamente sobre a égide dos vários canais de televisão, em mesas redondas, quadradas e de outras formas possíveis. Passaram, desde logo, à análise e crítica dos poucos factos efetivamente conhecidos, e, com mais ou menos arranjos e floreados, parte deles, com conivência de alguns dos entrevistadores, determinaram a condenação dos suspeitos, arguidos e nem uma coisa nem outra. As vozes sensatas presentes nesses debates foram desconsideradas e abafadas. Era preciso condenar, sem recurso, pelos crimes de que aqueles eram indiciados, corrupção ativa e passiva, prevaricação e tráfico de influências. Registe-se que os detidos nem sequer tinham sido interrogados pelo juiz de instrução. A justiça da praça pública serve interesses ocultos e entusiasma os pretensiosos e ignorantes. O processo encontra-se em segredo de justiça (!), porém os justiceiros já decidiram a causa, no conforto de uma cadeira estrategicamente colocada num espaço de TV. Onde e como fica o segredo de justiça? Como se preserva e garante o princípio da presunção de inocência? Expostos os rostos, as respetivas funções, a localização das residências dos envolvidos, a imputação de factos que não estão confirmados, ainda que indiciados, rasga as regras de defesa e até do MP sobre a transparência e isenção na condução das investigações. O processo penal está sujeito a formalismos e a regras consagradas processual e constitucionalmente que se não compaginam com julgamentos nos média. Com maior gravidade ainda foi a revelação de que corria no STJ inquérito contra o primeiro-ministro António Costa por atos relativos à investigação sobre o lítio. Rompendo com todas as normas deontológicas, alguém informou a imprensa da existência do inquérito, não obstante sem suspeitos ou arguidos constituídos. Por curiosidade, na passada quarta-feira, o Expresso Online referia que são praticamente inexistentes indícios do cometimento de crime por António Costa, que até pode não ser constituído arguido. Entretanto, são constantes as referências a escutas contidas na investigação. Esta transformou-se, parece, num livro aberto. Pela primeira vez na história da nossa liberdade assiste-se de forma grave e perigosa a uma negativa conexão entre a Justiça e a Política. Receio que a nossa democracia não esteja de boa saúde. E falta esclarecer o porquê e para quê a Senhora PGR foi a Belém!…

A AUTORA ESCREVE SEGUNDO A Ah. JGAÚfC.12HAJ’lA

Pela primeira vez na história da nossa liberdade assiste-se de forma grave e perigosa a uma negativa conexão entre a Justiça e a Política.