Lisboa. Funcionária do aeroporto desviou milhares de euros de passageiros

Mulher, que trabalhava para uma empresa que prestava serviços para a TAP, burlava passageiros quando estes faziam o check-in ou a reserva de passagens aéreas.

O Ministério Público (MP) deduziu acusação contra uma mulher, suspeita de se aproveitar das funções que exercia no Aeroporto de Lisboa para burlar passageiros, quando realizava o check-in ou a reserva de passagens aéreas.

Num comunicado divulgado no seu site oficial, a Procuradoria-Geral Regional de Lisboa revela que a arguida está acusada de um crime de burla simples, um crime de peculato na forma continuada e um crime de falsidade informática na forma continuada.

“A arguida trabalhava para uma empresa que prestava serviços para a TAP, sendo que, entre as tarefas que realizava, no Aeroporto de Lisboa, incluíam-se o check-in de passageiros e a reserva de passagens aéreas”, lê-se na mesma nota.

De acordo com a acusação, “a arguida, aproveitando-se das funções exercidas, fez suas quantias monetárias relativas a excesso de peso de bagagem e outras alterações sobre reservas para voos”.

A mulher “apropriava-se de valores que recebia em numerário mas registava o pagamento no sistema informático como se tivesse sido realizado através de cartão bancário, cujo número retirava de cartões pertencentes a outros passageiros”.

O MP pede que “sejam declarados perdidos a favor do Estado 2.125 euros, quantia da qual a arguida se apoderou”.

Os factos ocorreram entre 30 de maio de 2021 e 9 de fevereiro de 2022.

O inquérito foi dirigido pelo DIAP de Lisboa com a coadjuvação da PSP.

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Vai por aí grande agitação a propósito da publicação do livro “Governador”, do Luís Rosa, que conta a história do Governador do Banco de Portugal Carlos Costa e do seu testemunho sobre o Primeiro-ministro António Costa. Entre o que o livro conta e as reacções que motivou não tem faltado assunto. Assunto sério: do Banif à alegada interferência de António Costa em favor de Isabel dos Santos. Assunto pouco sério: do processo por difamação posto por António a Carlos às vestes rasgadas dos soldados em defesa do general. Já tínhamos tido no cinema o drama Kramer contra Kramer, agora temos no teatro amador a tragicomédia Costa contra Costa. Aqui choramos menos, mas chocamo-nos mais.

O capítulo do livro “Governador” que menos discussão causou é, porém, aquele em que melhor se revela a dupla natureza do poder socialista: mesquinho e controleiro.

“Eu tenho três problemas consigo”, terá António Costa dito a Carlos Costa. E o estimado leitor, sabendo tratar-se de uma conversa entre o Primeiro-ministro e o Governador do Banco de Portugal, imagina três problemas relacionados com a supervisão bancária ou o controlo do risco de branqueamento de capitais, certo? Errado. Os três problemas que António Costa tinha com Carlos Costa, a fazer fé no relato, eram outros: a recondução de Carlos Costa, sobre a qual foi informado em cima da hora; o facto de não ter considerado Mário Centeno para director do Departamento de Estudos Económicos; e a existência de um alegado preconceito em nomear pessoas próximas ou militantes do PS que eram quadros do Banco de Portugal.

Exagero? Não, bem pelo contrário. As evidências estão tão à vista e já falei tanto delas, que não só não exagero, como sou até bastante parcimonioso. A CRESAP, da última vez que vi (entretanto, deixei de me dar ao trabalho), confirmava quase 90% das escolhas políticas do PS para os altos cargos da Administração Pública; os cargos de dirigentes intermédios da mesma Administração Pública seguem exactamente o mesmo princípio, mas com menos escrutínio; nos reguladores, do despudor da transição directa do Ministro das Finanças para o cargo de Governador do Banco de Portugal (o mesmo por causa de quem António repreendeu, anos antes, Carlos) à expressão acintosamente desrespeitadora da separação de poderes dos reguladores, passando pelo controlo com outros ex-ministros de alguns desses órgãos, o tempo e o modo são sempre os mesmos: o tempo, o presente, o modo, o socialista; no Tribunal de Contas, se alguém levanta a menor adversativa sobre os propósitos do Governo, é substituído; na Procuradoria Geral da República, se alguém é inconveniente passa à história; para procurador-geral europeu, mente-se à União Europeia. E por aí fora vai.

Não vou sequer, por economia de espaço, por salubridade do ar e por fastio, falar sobre os ajustes directos duvidosos, as promoções e as conivências nepotistas e os favorecimentos tribais que, semana sim semana não, vão surgindo, um após outro, na comunicação social.

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